Vírus letal da febre hemorrágica ressurge no Brasil após 20 anos

Depois das últimas notícias internacionais, vindas do continente asiático, que relatavam o surgimento de um novo vírus na China, agora, é no Estado de São Paulo que um vírus chama atenção — mas, nesse caso, pelo reaparecimento de uma doença que há muito não se falava a respeito: a febre hemorrágica, extinta desde o ano de 1999.

No interior paulista, na cidade de Sorocaba, um paciente morreu devido a complicações da doença, no dia 11 de janeiro. No caso, foi identificado um novo vírus da família Arenavírus e do gênero Mammarenavirus, conhecido como o vírus Sabiá.

Até então, o último relato de um caso de febre hemorrágica, no país, foi há mais de 20 anos. Antes desse registro, somente outros quatro casos foram confirmados como febre hemorrágica viral no Brasil, sendo três desses casos adquiridos em ambiente silvestre, no estado de São Paulo, e um por infecção em ambiente laboratorial, no Pará.

A confirmação do novo caso é considerada como um evento de saúde pública grave. Isso porque a doença é extremamente rara e de alta letalidade.

SITUAÇÃO ATUAL

Neste momento, não está confirmada a origem da contaminação do paciente. O que se sabe é que as pessoas contraem a doença possivelmente por meio da inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados. A transmissão dos arenavírus de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado ou em ambientes hospitalares, quando não utilizados equipamentos de proteção, por meio de contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções.

Os funcionários dos hospitais por onde o paciente passou estão sendo monitorados, e avaliados, assim como os familiares do caso confirmado em São Paulo.

AÇÕES REALIZADAS

Nesta segunda-feira (20), o Ministério da Saúde convocou reunião com representantes de todas as partes envolvidas no caso: Secretaria de São Paulo, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Hospital Israelita Albert Einstein e os Conselhos Nacional e Estaduais de Saúde (Conass e Conasems). O objetivo da reunião foi verificar o atual cenário e as ações de busca e monitoramento das pessoas que tiveram contato direto com o paciente.

O Ministério da Saúde também ofereceu apoio à Secretaria de Saúde de São Paulo, com o envio de equipe de técnicos, para realizar a busca ativa de pessoas que tiveram contato com o paciente e para a investigação ambiental.

Com o objetivo de dar transparência do caso e das medidas que estão sendo tomadas, o Ministério da Saúde também publicou, nesta segunda-feira (20), em seu portal, o Boletim Epidemiológico com detalhes sobre o assunto.

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