Suspenso o uso do herbicida 2,4-D no Rio Grande do Sul

A Secretaria Estadual do Rio Grande do Sul, determinou nessa terça-feira (3), a suspensão do uso do herbicida 2,4-D, nas lavouras gaúchas. A publicação ocorrerá amanhã no Diário Oficial. A medida terá validade até o final de 2019.

O governo atende pedido de produtores de frutas. Eles alegam que os pomares e parreirais, principalmente nas regiões da campanha e campos de cima da serra, estão sendo contaminados pelo herbicida e perdem produtividade.

O engenheiro agrônomo Edson Trentin, explica que esse produto é usado desde 1950, mas começou a apresentar problema nos últimos sete ou oito anos em virtude da resistência da buva ao glifosato. “Se o 2,4-D fosse aplicado enquanto os pomares estão em dormência (sem brotação) não haveria problema, ocorre que a buva precisa ser controlada antes do plantio das lavouras de verão”, explica Trentin. Na nossa região do planalto não existe esse problema, acrescenta o agrônomo.

O custo de produção encarece sem esse produto. Hoje, ele representa um custo de cerca de R$ 26,00 por hectare. Os produtos substitutos existentes no mercado elevam o custo para a faixa de R$ 70,00 a R$ 80,00 por hectare.

O processo de contaminação é chamado de “deriva”, ou seja, o herbicida é levado das lavouras aos pomares pelo vento. Técnicas como a observação da velocidade do vento e equipamentos corretos controlam a deriva.

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