‘Quem está aqui ama o que faz’, diz policial que abandonou férias para participar de cerco à quadrilha

O soldado Allan Machado, da Brigada Militar de Espumoso, fez um relato em seu Facebook sobre o cerco que durou quatro dias e resultou na prisão de uma quadrilha que assaltou um posto de combustíveis em Ibirubá.

Ele estava de férias quando o crime ocorreu e, mesmo assim, foi auxiliar colegas nas buscas pelos bandidos.

Veja parte do relato. O original pode ser acessado no perfil do policial.

Pulo da cama estando de férias e deixo minha mulher e filha dormindo e começa a angústia, que aos poucos vai deixando daquela simples troca de informações e acaba com um pedido de apoio de colegas.

Não adianta, meu galo, quando tu escuta esse pedido não tem o que te faça parar! BRIGADA É BRIGADA.

Simplesmente tu vai no quarto, pega seu colete e sua arma, se despede de sua mulher e sua filha, e diz: ‘tô indo ajudar os colegas e logo volto’.

Assim se passam minutos, horas e dias em meio ao mato!

Aquela chuva caía e única coisa que vinha em mente eram os vagabundos (digo, vítimas da sociedade), que tinham atirado contra uma viatura e um colega ferido! E, lógico, ao mesmo tempo vinha a lembrança daquelas pessoas que ficaram e você prometeu voltar.

E por aí ocorreram novos confrontos e você recebia mensagens e orações de quem está sofrendo junto com você.

Após chegar ao extremo cansaço: sol e chuva, você decide retornar ao lar e descansar após horas dentro de matos e estradas, porém com aquela vontade de retornar!

Porque algo – e só quem me escutou falar – algo me dizia: os cara ainda estão lá!

E, no fim graças a Deus, nada foi em vão.

Justiça foi feita e todos os colegas estão bem, prontos a retornar para suas famílias!

Deixo aqui meu agradecimento à população de Campos Borges e demais localidades que em todo momento prestaram assistência.

Aos colegas, digo: vocês são FODA!

Mas todos são responsáveis, de alguma forma, para o desfecho da história!

Hoje somos citados como heróis.

Amanhã já seremos vilões.

Assim é nossa vida e não adianta.

Não tem salário, não tem governo, não tem nada, quem está aqui é por que ama o que faz!

Como falei várias e várias vezes: somos, sim, privilegiados, mas por DEUS!

Com informações do Portal Diário da Manhã.

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