Cpers anuncia uma das mais fortes greves no Estado a partir de segunda-feira

Insatisfeito com o pacote de medidas encaminhado pelo governo do Estado à Assembleia, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) anunciou que, a partir de segunda-feira (18), o magistério estadual entrará em greve. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (14), após assembleia geral realizada na Praça da Matriz, em Porto Alegre. A principal pauta de reivindicação é que o governador, Eduardo Leite (PSDB), retire de tramitação os projetos que preveem mudanças na carreira do funcionalismo.

Na tarde desta quinta os professores se uniram a diversas categorias que protestaram em frente ao Palácio Piratini. No local, segundo a vice-presidente do Cpers/Sindicato, Solange da Silva Carvalho, foi anunciado que esta será uma das mais fortes greves que o Estado já viu.

Solange cita que o governador faltou com a verdade ao afirmar que o governo sempre esteve aberto ao diálogo com o Cpers/Sindicato. Ela informa que a categoria cobrou a continuidade de uma negociação desde o dia 29 de abril, a qual foi interrompida após dois encontros. Em pauta estavam reivindicações como pagamento dos salários em dia e reposição emergencial de 28,78%, além da realização de concursos públicos. Passados três meses, a sindicalista diz que Eduardo Leite convocou o Sindicato não para tratar da pauta acordada, mas para apresentar medidas opostas. Segundo ela, o pacote inclui o extermínio de direitos e o congelamento salarial.

A greve tem por objetivo sensibilizar os deputados estaduais para que eles entendam que os projetos do governo, opina a líder sindical, são considerados crimes contra os servidores públicos.

Na quarta-feira (13), acompanhado de secretários e deputados aliados, o governador apresentou as medidas do Reforma RS, que visam reestruturar o funcionalismo público. De acordo com Eduardo Leite, caso os oito projetos sejam aprovados na Assembleia, a economia prevista nos próximos dez anos será de R$ 25,4 bilhões. Ao apresentar as mudanças, o governador reconheceu que elas “não são simpáticas”, mas defendeu que são necessárias porque o objetivo do governo é cuidar do futuro do Rio Grande do Sul e dos próprios servidores.

Leite citou a alteração das alíquotas da previdência é a proposta que talvez tenha maior resistência, contudo, defendeu que a “expectativa de direito não é direito adquirido”. Outra iniciativa do Palácio Piratini é sobre a regra de transição para incorporação de função, com cálculo de proporcionalidade sobre a média dos benefícios. O pacote foi enviado à Assembleia em regime de urgência e a expectativa é de análise ainda neste ano legislativo. Apesar de ter maioria, a discussão promete não ser simples – 40 deputados de 13 bancadas integram a base aliada de Leite, contra dois deputados independentes e outros 13 que formam a oposição.

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