Artilheiro, grande pessoa e ídolo das crianças: saiba quem era Radaeli

Pablo Yago Radaeli, de 22 anos, era conhecido no Passo Fundo Futsal por ‘Rada’. O ala, camisa 93, foi contratado em janeiro deste ano para atuar no clube, que disputa a Liga Gaúcha, a principal competição do esporte no Estado, as informações foram levantadas pelo Portal Diário da Manhã de Passo Fundo.

O jogador morreu após ficar ferido em um acidente de trânsito que envolveu o ônibus da equipe, na madrugada deste domingo (14).

Chegada ao PFF

Radaeli já havia trabalhado com o técnico do time, Juninho. No início do ano, ao montar a equipe para a temporada, ele foi um dos primeiros nomes lembrados pela direção.

O clube entendia que o jovem tinha grande possibilidade de ‘estourar’. “Ele reunia os predicados para ser o protagonista”, lembra o Matheo Casagrande, diretor do clube.

E foi o que aconteceu. Nos primeiros jogos, ele já correspondeu à expectativa do time. “Ele era um menino que foi contratado com uma carreira solidificada, pela qualidade técnica que tinha, e brilhou logo que chegou”, completou o dirigente.

Protagonismo em pouco tempo

Em seis meses, o jogador natural de Novo Hamburgo virou artilheiro, líder e xodó da torcida. O dirigente lembra de um episódio no convívio diário. “Ele vinha treinar com uma calça ‘legging’ por baixo, com uns desenhos irreverentes e a meninada começou a usar a mesma calça. Era um exemplo. Muita criança queria entrar no jogo com o Radaeli”, disse Matheo Casagrande.

As boas atuações no time passo-fundense e artilharia na temporada com 15 gols fez com que ele fosse convocado para a Seleção Gaúcha de futsal para uma competição. “Era um ícone desse time. Imagino que aqui tenha sido o auge dele”, disse.

Atleta querido

Radaeli tinha uma namorada em Ibirubá e é para lá que ia nas folgas. Ele morava em Passo Fundo em uma casa dividida com outros atletas do clube. O dirigente não poupa adjetivos: irreverente, alegre, de um astral excepcional. “Era um grande pessoa, além de um grande jogador. Alegrava os ambientes em que chegava e tinha um senso de responsabilidade muito grande em relação a ele, à carreira, à família”, lembra o dirigente.

Radaeli também atuou no Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte (MG), pela Associação Esportiva Uruguaianense, de Uruguaiana, e pela ASIF, de Ibirubá. Com a Seleção Gaúcha, o jogador conquistou com o grupo o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de Ligas.

Jogador polivalente

Frederico Salomão, auxiliar técnico do PFF, destaca a importância do jogador em diversos momentos da partida. “Era um ala de um chute muito forte. A direita era a perna preferencial, mas ele conseguia finalizar bem com a esquerda. Também tinha um bom potencial de marcação e atuava como goleiro linha ofensivo”, explicou.

Extremamente dedicado, era tratado como um profissional exemplar, que ‘puxava a fila’ na hora de treinar. “Ele estava acima da média no futebol gaúcho”, resumiu Frederico Salomão.

Outro ponto destacado pelo auxiliar era a liderança que exercia junto aos demais companheiros, mesmo com a pouca idade. Além disso, animava os colegas de time. A caixa de som usada no vestiário era comandado por ele, que escolhia os ritmos ouvidos pelos jogadores, como pagode, samba e funk. “Sempre brincava, sempre fazia piada. Nas comemorações de gols sempre fazia uma diferente. Tinha aquela comemoração em que ele ficava ajoelhado”, lembra.

Ídolo da criançada

O jornalista do Diário da Manhã Kleiton Vasconcellos tinha contato com o atleta nos jogos, treinos e em entrevistas. Em uma delas, no programa Esporte na Mesa da Diário AM 570, ele lembra que o jogador inicialmente estava tímido, diferente daquele líder do vestiário.

Ao decorrer  a conversa, ficou à vontade, e sempre que podia dava destaque à família. “Os pais dele sempre estavam no Capingui embora não morassem em Passo Fundo”, disse o jornalista.

Outro público que recebia atenção era o infantil. O destaque na temporada, os gols, as comemorações, despertaram a atenção das crianças. “Ele era muito requisitado e ficava depois do jogo fazendo foto, dando autógrafo, principalmente para as crianças”, lembrou o Kleiton.

O jornalista também destaca o papel fundamental do ala no Passo Fundo Futsal. “Era um dos destaques desde o início da temporada de 2019. Ele vinha jogando muito bem. Era um dos grandes pilares dessa equipe que faz uma bela campanha. Tinha toda uma vitalidade, muita habilidade. A velocidade e rapidez de raciocínio talvez eram o diferencial enquanto jogador de futsal”, pontuou.

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