“O delegado me perguntou várias vezes o que fiz com o corpo, mas pelos meus filhos eu não vou falar”, diz suspeito

Alguns detalhes e documentos do inquérito que investiga a morte de Jacir Potrich vieram e público na última sexta-feira (7). Em matéria divulgada na sua edição impressa, o jornal Eco Regional apresentou contradições nos depoimentos prestados e uma possível confissão do homem acusado pela morte e ocultação do corpo do bancário.

As informações foram confirmadas pelo promotor André Prediger, que é responsável pelo caso. De acordo com o processo de investigação e a denúncia do Ministério Público, uma das incoerências está relacionada com a ida da esposa do acusado para Porto Alegre no dia 13 de novembro, data do desaparecimento de Potrich.

Em seu depoimento, uma das principais testemunhas do caso garante que encontrou o casal em sua residência na manhã do dia 14 de novembro. Conforme a matéria “fica evidente que o que ele expôs no depoimento não condiz com a verdade”, pois a mulher permaneceu na capital gaúcha durante o dia 14.

Já o réu declarou à polícia que soube do desaparecimento de seu vizinho por meio de uma ligação que recebeu de sua esposa. No entanto, na quebra de sigilo telefônico do casal, não foram identificadas ligações a respeito deste assunto e a própria mulher garante que não avisou o marido.

Na visão do Ministério Público, a resistência do acusado em entregar o DVR que continha as imagens capturadas pelas câmeras de monitoramento do condomínio também é outro fator a ser considerado.

Na data em que foi preso pela primeira vez, o réu disse ao escrivão civil Ronaldo Fantinell a seguinte frase: “o delegado me perguntou várias vezes o que fiz com o corpo, mas pelos meus filhos não vou falar, vou deixar a polícia investigar, usar os meios que tem para descobrir”. O relato foi registrado em uma certidão e integra o processo de investigação.

Com informações do Portal Independente e do Jornal Eco Regional.

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