Criança de 11 meses morre por gripe em Sapiranga

Uma menina, de 11 meses, morreu na tarde de quarta-feira (15), vítima de gripe A ( H1N1), em Sapiranga, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A informação foi divulgada pela Prefeitura do município, na página do Facebook, na manhã deste domingo (19). A Secretaria Estadual de Saúde confirmou a morte por influenza, as informações são do Portal G1.

Segundo a mãe, a menina não foi vacinada porque estava resfriada e tomava antibióticos. Maria Luiza Laranjeira Vieira faria um ano no dia 12 de junho.

Essa é a terceira morte por gripe no Rio Grande do Sul. As outras mortes são de dois idosos, com idades acima de 70 anos. Eles não foram vacinados, pois foram internados antes do início da campanha de vacinação. Um deles morreu do tipo Influenza A (H1N1) e o outro da variação H3N2.

Por nota, a Prefeitura de Sapiranga informou que a Secretaria Municipal de Saúde foi notificada, na tarde de sexta-feira (17), pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que a criança morreu por gripe A (H1N1). (leia íntegra abaixo)

Ao G1, a mãe da menina, Jenifer Laranjeira Vieira, disse que a filha foi levada para o Hospital Sapiranga – Sociedade Beneficente Sapiranguense, no domingo (12) com febre.

“O médico que era o pediatra dela estava de plantão. Ele examinou ela e mandou de volta para casa. Na segunda, ela não melhorou. Levei ela de novo no hospital e ele deu baixa. Ela fez um raio-x e o resultado deu bronquiolite e ela começou o tratamento no hospital”.

Na terça-feira (14), Maria Luiza chegou a ir para o quarto, mas teve uma piora e voltou para a emergência. A mãe diz que a criança ficou cerca de 12 horas sem receber a visita de um médico.

Ninguém me disse, em nenhum momento, que era grave. Estavam tratando ela como bronquiolite aguda.”
“Ela ficou sem comer. Eu pedi várias vezes para o médico do plantão ver ela, mas ele não apareceu. Na quarta-feira, de manhã, quando a outra médica do plantão chegou, não passaram a minha filha como urgência. Quando a médica viu ela, disse que ela estava com falta de oxigênio no sangue. Eu perguntei para ela o que isso significava, ela me disse ‘a gente vai colocar uma máscara nela e ela vai ficar boa’. A médica ficou surpresa quando eu disse que ninguém tinha visto ela à noite”.

Em nota, o Hospital Sapiranga contesta informando que a paciente recebeu toda a assistência necessária. Além disso, nas últimas 12 horas na emergência, sendo monitorada, inclusive com o pediatra presente em tempo integral e com todos os equipamentos necessários para monitoramento. (leia íntegra abaixo)

Na quarta, num momento de piora da filha, a mãe disse que presenciou uma discussão entre a equipe de médicos. Um dos equipamentos usados para dar oxigênio para a criança estaria com problema, segundo Jenifer.

“Eu cheguei no quarto e tinha um monte de enfermeiros de máscara envolta dela. Estavam brigando entre eles. Tinham coisas que não estavam funcionando e eles precisavam de autorização para liberar um equipamento que estava em outro lugar. Minha filha ficou mais de cinco minutos exposta, sem roupa e sem equipamento de oxigênio, enquanto eles tentavam resolver isso”.

Jenifer diz que ficou sabendo, na escola da filha, que o motivo da morte havia sido por gripe A.

“Só fui saber pela diretora da creche que era gripe A. Nos laudos está escrito que ela teve insuficiência respiratória causada por bronquiolite aguda.”

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