Suspeita de raiva herbívora é investigada em comunidades do interior de Soledade

A morte de aproximadamente 50 animais nas comunidades da Margem São Bento e São Sebastião, no interior de Soledade, estão sendo investigadas. A suspeita é de raiva herbívora e nesta segunda-feira, 1/4, as autoridades competentes reuniram a imprensa para falar sobre os possíveis casos e passar orientações, as informações são do Portal ClicSoledade.

O médico veterinário da Coagrisol, Bolívar Camargo, relata que foi procurado para atender animais de produtores integrados da cooperativa. A sintomatologia apresentada fez o profissional suspeitar inicialmente de outras doenças, mas após relatos de que tinham visto morcegos em uma das propriedades, se alertou para possibilidade da raiva herbívora.

Ele comenta que pediu auxílio ao Laboratório de Patologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para realizar a necropsia nos animais. “Foram coletadas todas as amostras possíveis para análise e diagnóstico. Agora aguardamos os resultados, que devem ser emitidos pelo laboratório credenciado ao Ministério da Agricultura”, explicou.

Isadora Correa, médica veterinária da Inspetoria de Defesa Agropecuária, pontua que os produtores residentes em um raio de 10Km de onde ocorreram os óbitos, ou seja, Soledade, Mormaço e Ibirapuitã, devem adquirir as vacinas nas casas agropecuárias e aplicar em seu rebanho como medida de prevenção.

A profissional salienta que é preciso ficar atento aos sintomas. “Se salivarem bastante, ter perda motora, especialmente dos membros posteriores, se tornar agressivo ou outra alteração comportamental, ficar somente deitado e não se alimentar, deve ser chamado um médico veterinário para avaliação”, orientou.

Um alerta é feito para as pessoas que por ventura forem mexer com o animal, que façam uso de equipamento de proteção individual (EPI), especialmente a luva. Bolivar e Isadora observam que também é preciso ficar atento aos cães e gatos, para que não tenham contato ou se alimentem das vísceras do bovino ou equino suspeito.

Sonimari Auler, coordenadora da Vigilância em Saúde de Soledade, assinala que no momento em que foram informados da situação, já tomaram as medidas preventivas. “Fomos até as comunidades que tinham as suspeitas e vacinamos todos que tiveram contato com os animais doentes. Até o momento já imunizamos 31 pessoas. Além disso, também foi administrado o soro em alguns”, relatou.

Ela explica que em situações desta natureza, se segue um protocolo, com aplicação de quatro doses da vacina: a primeira quando se toma conhecimento (dia zero), outra três dias após, sendo que a próxima no sétimo dia e a última dose no 28º dia. Se salienta que só é iniciada a profilaxia se a pessoa teve contato com a saliva, arranhada ou mordida pelo animal.

Por fim, a médica veterinária da Inspetoria de Defesa Agropecuária pede ao produtor que se encontrar o refúgio dos morcegos não deve tentar matá-los. “Esta prática só vai fazer com que fujam para outras regiões, piorando a situação. A orientação é nos comunicar na Inspetoria para que tomamos as medidas corretas de controle populacional destes mamíferos”, concluiu.

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