O clássico de número 418 aconteceu na Arena e foi válido pela penúltima rodada da fase classificatória do Estadual.

A semana foi toda colorada, já que logo no início da mesma, o Tricolor perdeu em casa para o Libertad e se complicou na Copa Libertadores. No dia seguinte à derrota gremista, o Colorado fez o que o seu maior rival não conseguiu e chegou a liderança isolada de seu grupo no certame continental, encaminhado assim a classificação às Oitavas de Final do maior torneio das Américas.

Com a vida praticamente resolvida no Gauchão e ostentando um início de semana melhor que o rival, o Internacional usou de um artifício digno de “mimimi” para não citar outro termo que possa desrespeitar o lado vermelho do Estado, e em pé de guerra com o TJD-RS e com a FGF, anunciou dias antes a escalação de reservas para o confronto.

Primeiro: Até entendo a bronca do clube com a marcação de um novo julgamento na semana do duelo e a ampliação da pena de dois para quatro jogos do atacante Nico López. No entanto, o mesmo jogador saiu “defasado” do confronto no meio de semana e, juntamente com outras peças do Inter, não teria condição de jogo no fim de semana. Portanto, o Sport Club preferiu jogar para o lado gremista o peso do clássico e desmereceu um Campeonato de onde se diz o dono, tamanha diferença de títulos com o maior rival nesta competição. É MUITO MIMIMI!

Segundo: Também fiquei surpresa com a escalação de uma equipe reserva por parte do Grêmio, menos de uma hora antes da bola rolar. No entanto, analisando mais friamente a situação, a direção/comissão técnica acertou em cheio em usar da mesma estratégia que o rival em mandar a campo uma equipe alternativa.

Concordo com a escolha do Grêmio pelo fato de que somente o Tricolor teria a perder no confronto usando a sua equipe considerada ideal. Com isso, muitos gremistas que pagaram seu ingresso para ver os titulares ou até aqueles que preferiam uma sonora (nova) goleada no maior rival, usaram do mesmo MIMIMI rival, e criticaram a postura tricolor de forma equivocada, analisando apenas os seus interesses e não o contexto geral.

O Grêmio mostrou que possui uma equipe reserva, quem sabe do mesmo nível dos titulares do Inter, e venceu por escore mínimo, porque Gre-Nal é um jogo diferente de qualquer outro. As últimas goleadas enganaram alguns torcedores, já que em pouquíssimas oportunidades os clássicos tiveram placar elástico e bom futebol.

Independente do MIMIMI acerca das escolhas dos maiores rivais gaúchos, Gre-Nal sempre tem um sabor diferente para quem vence e até mesmo para quem sai derrotado. No clássico 418, a alegria mais uma vez foi da maior parte do Rio Grande do Sul, aquela que veste azul, preto e branco.

Importante salientar que o triunfo gremista foi indiscutível e sem erros de arbitragem. O que nos faz reiterar o que sempre costumamos falar sem receio algum: Se o Grêmio não é prejudicado pela arbitragem em Grenais, não perde nenhum clássico!

E que sigam os “MIMIMIS”!

NOTAS:

Brenno – Surpresa de última hora foi pouco exigido – 6

Leonardo Gomes – Autor do gol da vitória em bela jogada mostrou porque é o dono da posição – 8

Paulo Miranda – Se mostra um bom reserva para a ausência da dupla titular durante a temporada – 7

Marcelo Oliveira – Por mais de uma vez tentou “comprometer” o resultado favorável – 4

Juninho Capixaba – Seus constantes apoios pelo lado não aconteceram desta vez – 5

Rômulo – Volante à frente da zaga, pouco apareceu. Está aquém do que esperávamos quando da sua contratação – 5

Matheus Henrique – Acertou quase tudo que tentou. Faz a equipe jogar. Extrema qualidade – 9

Jean Pyerre – Um ótimo primeiro tempo, muito participativo. Depois caiu de produção – 6

Pepê – Uma arrancada pelo lado do campo quase resultou em gol. E só – 5

André – Outra assistência. Vem participando das boas jagadas trabalhas pela equipe – 6

Everton – Uma jogada pela lado do campo que esquentou o clássico – 6

Diego Tardelli – Em cerca de 20 minutos foi discreto – 5

Darlan – Entrou para fechar a “casinha” e segurar o resultado – 5

Renato Portaluppi – É o cara. Eu sempre disse – 10

Nato Sangali