Bolsonaro diz que vai buscar a união e pacificar o país; Haddad diz que vai apresentar plano de contraposição a neoliberalismo

Após a definição do segundo turno para a Eleição Presidencial para 2018, confira a declaração dos dois candidatos que disputarão o pleito no dia 28 de outubro:

Bolsonaro diz que vai buscar a união e pacificar o país

Candidato aguarda liberação médica para intensificar campanha

Após obter 49,2 milhões de votos no primeiro turno, o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, disse hoje (8) que pretende intensificar a campanha eleitoral nos próximos dias, mas depende de uma avaliação médica no dia 10. Segundo ele, a intenção é procurar a união para o segundo turno com os adversários derrotados e eventuais aliados.

“O discurso é de união, queremos unir o Brasil e pacificar”, afirmou o candidato à Presidência durante quase 20 minutos de entrevista exclusiva concedida à Rádio Jovem Pan.

Bolsonaro confirmou que chamou a atenção do candidato a vice-presidente, General Mourão, e do consultor econômico Paulo Guedes. Ele disse que deu “uma canelada” neles para que “maneirem” nas opiniões. “O que eu pedi para ele [Guedes] e para o Mourão é que tenham cuidado com as palavras.”

Economia

Questionado sobre as propostas econômicas, Bolsonaro reiterou que tem conversado com sua equipe, liderada por Paulo Guedes, e que amanhã (9) terá uma reunião. Ele destacou que pretende extinguir estatais, mas não mencionou quais, e manter o programa Bolsa Família, mas combatendo o que considera fraudes. “ Não podemos cortar esse programa porque seria uma desumanidade.”

Mais uma vez, ele ressaltou que é contrário à recriação da CPMF, o imposto do cheque, e disse que ao admitir que pouco entende de economia, quis demonstrar ser humilde. “Eu dou os ingredientes, eles [os integrantes da equipe econômica] fazem o bolo”, afirmou o candidato, acrescentando que pretende reduzir o total de ministérios para 15.

Política

Bolsonaro disse ainda que pretende participar de debates com o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. “Debater com o PT não tem dificuldade. O que o PT fez ao longo de 13 anos acredito que está vivo na memória de todo mundo, não queremos isso de volta. Eu represento, com quem está do meu lado, uma oposição.”

Questionado se pretende conversar com eventuais aliados e eleitores de centro, que não o apoiaram no primeiro turno, o candidato respondeu com bom-humor. “Não posso virar o Jairzinho paz e amor e me violentar, eu tenho de continuar sendo a mesma pessoa.”

Haddad diz que vai apresentar plano de contraposição a neoliberalismo

Ele avisou que vai conversar com Ciro, Marina, Alckmin e Meirelles

O candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) ressaltou hoje (8) que o respeito aos valores democráticos será a base de sua campanha. Segundo ele, apresentará seu plano econômico sustentado na preservação do Estado do bem-estar social.

Em viagem a Curitiba, Haddad destacou que combaterá o neoliberalismo, uma das bandeiras defendidas pelo adversário Jair Bolsonaro (PSL).

“O retorno do neoliberalismo vai agravar a crise e vamos seguir um modelo que não deu certo na Argentina”, disse Haddad em entrevista coletiva, após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há seis meses na Superintendência da Polícia Federal (PF).

Haddad reiterou ainda sua disposição de buscar apoio em “forças democráticas” representadas por candidaturas derrotadas no primeiro turno. Ele citou nomes de “alta respeitabilidade”, embora com divergências, os candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB).

Economia

Haddad afirmou que o modelo econômico é que vai nortear esse 20 dias até o segundo turno. De acordo com ele, o modelo apresentado pelo PT é baseado na “restauração social” e nas “forças democráticas de direito”. Para o petista, outra divergência é em relação a eventuais mudanças na legislação trabalhista.

O candidato não apresentou em detalhes como será executada a série de medidas conforme as premissas que guiam seu plano de governo. Segundo ele, todas as propostas serão discutidas e debatidas publicamente.

Política

Questionado sobre a possibilidade de ser instaurada uma Assembleia Constituinte, Haddad afirmou que discutir o assunto ao lado dos canidatos à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT), “Falei durante o primeiro turno que a nossa questão de reformar a Constituição [Federal] é muito importante, justamente, em função da reforma bancária, da reforma tributária e da reforma política. Não há como fazer isso sem reforma constitucional.”

O candidato acrescentou ainda que está disposto a debater com Bolsonaro. “Só tive 20 dias de campanha, ao contrário de todos os candidatos, que há anos em campanha”, afirmou. “Pretendo ir a todos os debates. Fui a todas as sabatinas para as quais fui convidado”, acrescentou Haddad, ao informar que pretende apresentar suas propostas sobre segurança pública ampliando os poderes da Polícia Federal.

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